Quando observamos uma das muitas diferenças que existem nos povos do passado com os povos ditos “modernos” (pelo menos quando abordamos as nações ocidentais industrializadas e desenvolvidas), uma delas com certeza é no número médio de filhos que uma mulher tem ao longo de seu período fértil.
Por exemplo, no Brasil (um país ocidental que não é considerado desenvolvido) é sabido que a taxa de fecundidade (termo técnico para definir número médio de filhos por mulher, em uma determinada população) diminuiu consideravelmente nos últimos 70 anos: se na década de 1950 – o período chamada de baby boom, o qual define a explosão de nascidos no período do pós-Segunda Guerra – esta taxa era acima de 6, na década de 1990 o indicador abaixou para menos de 2,8, chegando até 1,7 no ano de 2016.
(Como sempre) são vários os fatores envolvidos no fenômeno, passando desde o empoderamento feminino e as novas maneiras de relacionamentos, até o avanço tecnológico que nos faz depender menos de sexo para diversão (a famosa piada que conta que casais que não tem televisão em suas casas têm maior probabilidade de terem mais filhos), ainda passando pela menor dependência de filhos em trabalhos braçais para subsistência (plantar e criar os próprios alimentos na agricultura).
Nesse contexto, incluem-se as novas ferramentas utilizadas no controle familiar, como o preservativo ou outros processos anticoncepcionais.
Alias, os próprios métodos contraceptivos tem uma história própria, em especial conforme o tipo de método alvo para cada gênero: por exemplo, sabemos que a pílula anticoncepcional foi focada em mulheres unicamente porque quem as desenvolveu foram os homens (ou seja: em uma realidade alternativa onde o sexo opressor for o feminino, sabemos que lá as pílulas anticoncepcionais serão feitas por mulheres, e para serem usadas pelos homens).
Dentre os diferentes métodos contraceptivos utilizadas em mulheres, temos o chamado DIU: sigla para Dispositivo Intrauterino, ele é um dispositivo a ser implantada dentro da cavidade genital feminina, impedido comunicação com o útero, e assim impossibilitando a passagem dos gametas masculinos (espermatozoide), consequentemente barrando a fecundação e uma futura gestação indesejada.
O DIU é um dispositivo físico, composto de plástico e metal (cobre), em forma de T, impedido assim a passagem dos espermatozoides após uma relação sexual: ou seja, por ser apenas um dispositivo físico que não faz uso de fármaco ou hormônio, ele é categorizado como uma barreira mecânica contra gravidez indesejada (diferente do SIU, sigla para Sistema Intrauterino, este sim com presença de hormônios que impedem a gravides indesejada, não apenas funcionando como barreira física mas também barreira química).
A vantagem do DIU é a sua fácil aplicabilidade e o seu baixo preço, fazendo assim com que nações do globo com menores condições e recursos possam investir no controle de natalidade de maneira mais eficiente (após inseri-lo, uma mulher consegue se precaver de gravidez indesejada por um longo período de tempo, entre 3 à 6 anos, podendo chegar até 10 anos de eficácia, conforme a qualidade do produto).
Claro que, como outros dispositivos utilizados no controle de natalidade (e na prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis), a efetividade dele não é 100%, mas existem estudos de descrevem efetividade de 99%, desde que seja bem colocado pelo profissional de saúde, assim como pertencer a uma marca de boa procedência (ou seja: 99% é praticamente 100% na realidade humana).
Outra vantagem do DIU é que ele também pode influenciar no ciclo menstrual da mulher (diminuindo o fluxo de sangue liberado), sendo que também não causa aborto desde que seja aplicado conforme os procedimentos corretos (entretanto existir grupos de pesquisadores que discordam que o DIU não esta plenamente livre de capacidade abortiva).
Para colocá-lo, a mulher deve procurar o seu médico ginencologista ou ainda um clinico; sua aplicação não é complexa, entretanto o profissional tem de ser treinado, além de outros procedimentos que devem ser seguidos conforme o protocolo de aplicação deste de dispositivo (não faz necessário o uso de anestesia, entretanto pode gerar um desconforto logo após a aplicação).
Claro que a consulta com o profissional de saúde também vai definir se a mulher tem alguma contraindicação para o uso do dispositivo (conforme questões anatômicas, fisiológicas, idade e entre outros fatores que variam de mulher para mulher).
Sempre consulte um médico especializado.