Há alguns anos atrás, uma prática se tornou bem famosa ao redor do mundo e também no Brasil: a vaporização vaginal. Isso aconteceu depois que uma atriz famosa postou em seu site sobre estilo de vida que era adepta dessa técnica peculiar.
Desde então, esse assunto tem sido recorrente. Muitas pessoas ainda não têm familiaridade nenhuma com a técnica. Ou seja, nem sabem que ela existe. Enquanto isso, outras pessoas (muitos e muitas profissionais de saúde) abominam esse procedimento. E também há quem defenda os seus benefícios.
Mas, afinal, o que é a vaporização vaginal? O que essa técnica pode trazer de benefícios para as mulheres? E quais são os malefícios que essa prática pode proporcionar? Se você está curiosa (o) sobre esse assunto, continue a leitura desse texto. Aqui, abordaremos todos os detalhes sobre essa prática!
Afinal, em que consiste a vaporização vaginal?
A vaporização vaginal é uma técnica que consiste em fazer um banho de assento com água morna e ervas aromáticas. Ou seja, a mulher se senta sobre um recipiente no qual há água morna e ervas aromáticas. Dessa maneira, a vagina é vaporizada (recebe um “banho de vapor”).
Quais seriam os benefícios da prática da vaporização vaginal?
Sabendo como funciona a vaporização vaginal, você está se perguntando quais seriam os benefícios dessa técnica? As pessoas que são adeptas de praticar esse banho de assento acreditam que o principal deles sejam as propriedades desintoxicantes das ervas.
Além disso, os defensores dessa prática ressaltam que o banho de vapor na vagina proporciona uma maior limpeza e tonificação do útero. E que ainda proporciona um reequilíbrio para os hormônios vaginais.
Apesar de parecer uma prática bastante promissora, não existem comprovações científicas de que esses benefícios sejam, de fato, reais. E, mais que isso, há quem defenda que o ato de vaporizar a vagina pode até fazer mal.
Nenhum dos benefícios da vaporização vaginal é comprovado cientificamente
Enquanto muitas pessoas afirmam que a vaporização vaginal traz diversos benefícios, cabe destacar que eles não são comprovados cientificamente. A seguir, iremos discorrer detalhadamente sobre cada um deles e sobre os potenciais malefícios da prática.
1 – A limpeza vaginal e uterina
Vamos começar pela limpeza uterina e vaginal. A nossa região íntima é “autoclean”. Ou seja, a nossa região vaginal e uterina tem uma microbiota própria, capaz de realizar a própria limpeza do local. Essa é uma defesa natural do organismo e funciona muito bem sem ajuda externa nenhuma.
É por esse motivo que não é recomendado que se lave dentro da vagina. Profissionais de saúde recomendam que somente a região externa deve ser higienizada com sabonete apropriado e água corrente.
Caso a vagina seja lavada por dentro, são removidas as bactérias e microrganismos ruins. Mas a microbiota boa também é removida. E isso pode abrir espeço para infecções bem desagradáveis, causadas por uma maior proliferação da microbiota ruim.
Com a vaporização vaginal, isso também pode acontecer. Afinal, o vapor de água morna e ervas pode ir bem lá dentro da vagina, lavando toda a sua microbiota. Tanto a ruim quanto a boa e isso não traz bons efeitos.
2 – A tonificação vaginal
A vaporização vaginal não é capaz de contribuir para a tonificação da região íntima feminina. Afinal, os verdadeiros responsáveis pela tonificação dessa área são os músculos.
Por isso, nada de se sentar sobre um recipiengte exalando vapor e achar que a sua musculatura vaginal ficará mais forte. A tonificação vaginal pode ser alcançada de maneiar eficaz com exercícios de pompoarismo e afins.
3 – Os riscos de elevar a temperatura vaginal em demasia
Ainda cabe destacar que existem grandes riscos em promover um aumento da temperatura vaginal. Afinal, a temperatura normal que deve ser matida nessa área (bem como no restante do corpo) gira em torno dos 37 graus Celsius.
Elevar a temperatura vaginal a mais do que isso durante um longo período pode favorecer a proliferação de microrganismos ruins. Dessa maneira, existe um grande risco de infecções vaginais como a candidíase e outras.
Concluindo o nosso texto sobre a vaporização vaginal
Ao entender o que é a prática de fazer banhos de vapor na região íntima feminina, pudemos compreender um pouco mais sobre o assunto. Bem como sobre os seus possíveis benefícios, que não são comprovados cientificamente.
Apesar dessa falta de comprovação científica, muitas mulheres sentem os benefícios. E isso pode se dar por conta de fatores psicológicos (de acreditar que está sentindo algo e, de fato, sentir). Ou seja, a prática funciona como se fosse um placebo.
A atenção maior, no caso da vaporização vaginal, deve ser com relação aos malefícios que ela pode trazer. Afinal, a realização dessa técnica traz alguns perigos, como o risco de infecções. Enfim, caberá muito de cada mulher pesar os prós e os contras e decidir sobre praticar esses banhos de vapor ou não.