Você já ouviu falar o que é trampling? Esse é o fetiche de ser pisado e é mais comum entre os homens. Trampling e BDSM se cruzam muitas vezes e vai já entender por que isso acontece...
Se nunca ouviu falar em trampling antes, não se sinta estranho. Não é comum ver rapazes no dia a dia admitindo estar interessados nessa prática que pode, porém, ser facilmente encontrada no universo BDSM. Afinal, é aí que se encontram, geralmente, mulheres com habilidade e experiência em dominação para realizar o fetiche.
Esse é um dos raros fetiches que se manifesta maioritariamente em homens. E a palavra, que vem do inglês “pisotear”, nomeia esse desejo comum àqueles que tiram prazer da dominação e da humilhação. Mas também se pode associar à atração sexual por pés.
Mas o que é trampling?
É uma atividade sexual na qual uma pessoa submissa fica excitada pela ideia ou pelo fato de haver uma pessoa dominante, ou mais, andando sobre seu corpo.
O prazer do submisso geralmente resulta de uma combinação entre a dor e o elemento da humilhação, que é muito presente em relações e práticas BDSM.
Podolatria
O trampling está ligado ao interesse pela podolatria, ou seja, ao fetiche por pés. Todavia, é bom ter em mente que nem todo podólatra tem o desejo de ser pisoteado. A maioria deles sente atração por certos tipos de pé - descalço, com unha pintada, com tatuagem, por exemplo - e costumam desejar ver, tocar com as mãos e boca, ou os usarem para masturbação.
São poucos que irão querer esse contato mais duro, passando para o trampling. Por outro lado, aqueles que querem, costumam adorar vários tipos de pés.
Sadomasoquismo
O trampling também se relaciona com o sadomasoquismo - afinal, passa por obter prazer e satisfação sexual a partir de práticas ou ações que envolvem a dor. De forma consensual, o indivíduo busca ser machucado.
Ter alguém pisando sobre partes diversas de seu corpo deveria causar desconforto e dor, repelindo você daquela ação, certo? Bem, os adeptos do trampling querem sentir exatamente isso.
Existe uma causa?
Não. É apenas uma preferência, como bem elucida esse depoimento anônimo:
"Eu tive um fetiche por pés e trampling junto com uma fascinação por ser controlado por uma mulher dominante desde a infância. Nunca fui exposto a nenhuma dessas ideias e não tenho ideia por que as tenho.
A minha esposa me obriga a adorar os seus pés e sapatos enquanto me pisoteia. Ela até me coloca sob seus pés enquanto ela se senta no sofá para ver TV ou ler. Às vezes, com seus saltos altos, às vezes, com os pés descalços, ela que decide. As minhas coxas, estômago e peito estão cobertos de hematomas e eu amo cada minuto disso.”
Trampling e BDSM
Como já vimos, trampling e BDSM estão intimamente ligados, uma vez que o ato exige dos praticantes dominação e submissão. Então, é muito comum que os interessados recorram a acompanhantes domme ou dominantes profissionais, ou ainda a casas especializadas para obter esse serviço.
Aquele que deseja ser pisoteado sempre será o submisso e ficará deitado para receber todo o peso da dominadora/dominador. A domme, ou o dom, pode pular ou pisar nas costas, estômago, peito, órgãos genitais, rosto e até no pescoço do parceiro submisso. Nesses atos, pode estar descalço ou usando meias, meia-calça ou sapatos de salto alto.
Se o submisso já faz parte do universo BDSM, é possível que o trampling esteja presente em algumas das cenas com a sua domme/dom. Afinal, ela não vai perder a oportunidade de colocá-lo no em seu devido lugar.
Para os sadomasoquistas, como já mencionamos, essa é apenas uma das muitas práticas realizadas para conseguir prazer através de dor.
Vale lembrar que toda e qualquer ação do tipo é feita com consentimento, técnica e também usando sempre uma “palavra segura” que irá pausar, ou parar tudo, assim que for pronunciada.
Não é preciso ter sexo com o "tapete"
São diversas as pessoas que pagam outras – que sabem o que estão fazendo – para serem pisoteadas, mas o sexo não está incluso na maioria dos casos.
É claro que a prática resulta em profunda satisfação sexual para o "tapete", como se chamam os submissos que amam serem pisoteados, e pode facilmente resultar em um orgasmo. Mas aquele que domina não precisa ter relações ou qualquer contato íntimo com quem recebe esse tipo de “massagem”.
Desse modo, o trampling não envolve necessariamente sexo e pode ser somente uma prática sexual por si, sem penetração alguma.
Como fazer trampling
Não existe uma forma certa de fazer isso, mas o indivíduo pode se deitar no chão, ou na cama. A posição pode ser a de bruços ou de costas. A pessoa que estiver fazendo o trampling deve seguir as orientações da pessoa pisoteada, sobretudo se não se tratar de uma especialista.
O que vai dar prazer a ele? Pisar nas proximidades das suas partes íntimas? Em seu peito? Não pise em ovos, vá fundo!
Se guie pelos sons, gemidos e reações conforme você explora o trampling. Onde aplicar mais pressão? É algo que você estará descobrindo sentindo as sensações da pessoa pisoteada, e escutando seus desejos.
Se possível, seja vocal também. Uma parte significativa da experiência para essas pessoas é se sentir humilhado e xingado. Assim, faça com que a pessoa se sinta inferior como se o tratamento que você estará lhe dando fosse um privilégio.
Use os seus pés no rosto dele. Se você estiver sob o peito dele e o fizer lamber e chupar seus dedos, as chances de que ele enlouqueça de tesão são muito grandes...
Saltos altos
O submisso também pode desejar que você fique usando saltos altos, ou até sapatos usados. E não antes de subir nele, mas durante. Parece doloroso, certo? Mas eles não dão a mínima.
Ele vai amar sentir a pressão de seu peso, o beliscão do salto na pele e o tesão de ver uma bela mulher em saltos altos, toda sexy em cima dele, lhe dizendo que é a ela que ele pertence.
Claro que tudo isso deve ser feito com o consentimento da pessoa pisoteada. Por isso, antes de entrar em modo trampling e BDSM, se comunique com ela e entenda seus desejos e limites.
Praticar trampling e BDSM em segurança com essas 6 dicas
É sempre bom frisar que você precisa ter cuidado extra com algumas práticas porque o tesão pode nos deixar bastante estúpidos. Então, vamos ter em mente algumas coisas antes quanto a sua segurança.
Primeiramente, veja que a coluna vertebral é frágil e pode ser fraturada ou quebrada durante o trampling. Então, tenha atenção com a quantidade de pressão que irá pôr em cada passo sobre seu/sua parceiro/a.
Usar saltos altos pode ser sexy e até uma exigência do “tapete”, mas pular com eles sobre o cara pode ser perigosíssimo. Então, atente nisso com muito cuidado.
Algumas coisas devem ficar só na imaginação, entende?
Por tudo isso, fique com essas seis dicas:
- Não deve esquecer de criar uma palavra segura para o caso de o submisso desejar parar.
- Se lembre que cada ação de BDSM e trampling precisa envolver uma conversa prévia, para ficar conhecendo qualquer preocupação, condição de saúde particular ou lesão anterior.
- Use uma cadeira para sentar e apoiar o peso de seu corpo se for iniciante ou estiver pisoteando partes delicadas do corpo, como pescoço ou rosto.
- Se segure em algo - uma barra ou algo sólido - se estiver usando todo o peso de seu corpo para se equilibrar.
- Evite pisotear as partes mais delicadas como estômago, quadris, cóccix, tornozelos, coluna, costelas, rótulas ou rins.
- Atente na intensidade de seus gestos e na constituição do submisso - pisotear um cara corpulento não é o mesmo que caminhar sobre um cara magro.
Finalmente, lhe recomendamos começar bem devagar... Inicie com uma pressão suave e vá aumentando gradualmente.
Ficar praticando trampling e BDSM é algo intenso e que exige muito cuidado e atenção. Atente nisso antes de começar. Há centenas de vídeos pornô que você pode consultar para ter uma melhor ideia do que isso é. Se divirta explorando e descobrindo!
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