Será que você está sofrendo com o transtorno do desejo sexual hipoativo? Esse é um problema que fica afetando a libido da pessoa, complicando sua vida sexual. Entenda melhor o problema e como o tratar.
O transtorno do desejo sexual hipoativo é bastante comum entre as mulheres, embora afetando também homens, e pode ser um tanto difícil, principalmente no início. Pense bem: você nem imaginava que poderia sofrer com uma libido baixa. E, de repente, tem que lidar com isso, e ainda se sente pressionado a se ver livre da complicação. Afinal de contas, você só quer melhorar a vida sexual com seu parceiro.
Se você está se identificando com essa situação, vamos lhe ajudar, explicando um pouco mais sobre o transtorno de desejo sexual hipoativo. Mas já adiantamos que se está com falta de libido, não quer dizer que você, obrigatoriamente, tenha isso, ok? Somente um especialista médico pode ajudar no diagnóstico dessa condição.
A nossa intenção, nesse texto, é lhe levar informações importantes quanto a esse transtorno, mostrando também que ele não é o fim do mundo. É algo que pode ser tratado e sua vida pode voltar ao normal. Vem ler para entender melhor!
O que é o transtorno do desejo sexual hipoativo?
O transtorno do desejo sexual hipoativo é uma condição médica na qual a pessoa afetada tem um desejo sexual extremamente baixo. E, quando dizemos extremamente baixo, podemos dizer que é quase zero mesmo. Nem desejo em relação ao parceiro (ou parceira), nem fantasias sexuais nos momentos a sós.
Quem sofre com esse transtorno costuma dizer que ele aparece “do nada”. Um dia, o desejo sexual estava regular e o sexo acontecendo de maneira normal. No outro dia, parece que o desejo simplesmente desapareceu! E sem nenhuma razão aparente.
Como isso afeta a saúde
Se engana quem pensa que os impactos que o transtorno do desejo sexual hipoativo traz são somente físicos, ou sexuais. Ele afeta muito o lado emocional. Afinal, pense bem: se você tem um parceiro (ou uma parceira) sexual fixo e vocês transavam com certa regularidade, e agora, nem consegue pensar em sexo... É algo que pode abalar todo o casal e até originar desconfianças de traição.
A carga emocional que isso gera é muito grande. O paciente passa a sofrer com medo de que a outra pessoa comece a procurar por sexo fora de casa. Isso gera angústia, tristeza e abala muito o psicológico até da pessoa mais forte emocionalmente.
Aquela sensação de que “tem algo de errado comigo” afeta muito quem sofre com o transtorno do desejo sexual hipoativo. Mas vale destacar que os efeitos emocionais não acontecem somente para quem tem um parceiro fixo.
Imagine uma pessoa solteira, mas que gostava de sexo casual de vez em quando, ou que se masturbava para aliviar o estresse, ou até mesmo pessoas que estão buscando iniciar um relacionamento... Não é fácil para ninguém!
Assim, nessas situações, as pessoas ficam sentindo frustração e baixa autoestima, aumentando também seus níveis de ansiedade. E, portanto, é toda a saúde da pessoa que está em jogo e não somente sua saúde sexual.
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O que causa esse transtorno?
Vários fatores podem ficar contribuindo para que essa condição surja, tais como as alterações hormonais. Na menopausa, esse problema fica afetando diversas mulheres quando se dá uma menor produção de testosterona.
Mas há outras situações que podem originar o transtorno, por exemplo as que a seguir lhe indicamos:
- Uso de anticoncepcionais hormonais e de outros medicamentos
- Doenças crônicas
- Ansiedade
- Depressão
- Conflitos e mal-estar no relacionamento
- Disfunção sexual do parceiro (como disfunção erétil ou ejaculação precoce, ou retardada)
- Insatisfação sexual no relacionamento.
Vale salientar que a saúde mental joga seu peso relevante no surgimento desse transtorno. Mas também existem fatores culturais e educacionais associados, como as crenças religiosas e questões morais.
É, por isso, para um todo que devemos olhar, com atenção redobrada - e buscando sempre o olhar mais atento de um profissional de saúde.
Como é o diagnóstico do transtorno do desejo sexual hipoativo?
Uma das partes mais complicadas quando se trata do transtorno do desejo sexual hipoativo é o diagnóstico. Afinal, existem muitos motivos para que a libido esteja baixa. E o processo de descartar todos os problemas fisiológicos antes de chegar a essa condição, pode ser bem desgastante.
Estando tudo bem fisiologicamente, cabe ao profissional de saúde começar a investigar outras causas, por exemplo, questões psicológicas, emocionais e até mesmo efeitos colaterais de medicamentos.
Para isso, é comum que o paciente tenha que responder um questionário (ou mais) sobre o que vem sentindo, tanto no âmbito físico, quanto no âmbito emocional. Pode ser que, a partir daí, se encontre uma causa para a baixa libido - e pode chegar esse diagnóstico do transtorno do desejo sexual hipoativo.
Que sinais procurar?
Os sintomas comuns desse distúrbio são a falta de desejo e de interesse em transar com outra pessoa, e a ausência de fantasias sexuais. A pessoa também sente pouco ou nenhum prazer ao transar. Porém, essa é uma explicação muito simplista para algo tão complexo.
Nos homens, pode se manifestar também pela falta de ereção, ou pela incapacidade em manter a ereção durante o ato sexual.
No caso das mulheres, a falta de lubrificação vaginal é um sinal relevante para esse transtorno. Mesmo quando está transando, ela pode continuar totalmente seca.
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Fui diagnosticada, e agora? Como tratar?
A primeira dica nesse caso é: não se desespere. Mais pessoas do que você imagina podem estar sofrendo com o transtorno do desejo sexual hipoativo - não importa a idade ou gênero. A questão é que pouco se fala sobre o assunto.
Você sabia que uma em cada 10 mulheres tem esse transtorno antes de entrar na menopausa?
Então, não se sinta uma pessoa anormal, nem tenha vergonha de sua condição. O que deve fazer é buscar um médico que lhe indique um tratamento adequado para sua situação específica.
A reposição hormonal do desejo feminino com testosterona pode ser uma solução para mulheres, existindo também alternativas para os homens, mas você precisa conversar primeiro com seu médico.
Dependendo da sua condição, a terapia sexual já pode ajudar bastante.
O que é mais importante se destacar, é que você deve encontrar um equilíbrio na vida emocional ao longo do tratamento. Uma conversa franca com o parceiro (ou parceira) sexual é necessária. Assim, o (a) paciente terá mais segurança para realizar o tratamento e retomar a vida sexual.
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Ter transtorno do desejo sexual hipoativo não é uma tragédia
Se você foi diagnosticado com transtorno do desejo sexual hipoativo, não tem por que se sentir desolado, como se estivesse sendo atingido por uma tragédia inultrapassável! Essa condição fica afetando mais pessoas do que você imagina, independentemente de sexo, ou idade. E por mais que seja uma situação difícil de se lidar, o melhor é que tem tratamento.
Portanto, não deixe de procurar um bom profissional de saúde caso desconfie estar sofrendo do transtorno do desejo sexual hipoativo, ou de qualquer condição. Afinal, nossa saúde é nosso bem mais precioso!