Você tem um relacionamento liberal, mas é reservado sobre isso? Saiba que não precisa ir muito longe para explorar a sua sexualidade com segurança e diversidade. O Brasil pode ser um verdadeiro paraíso swing para aqueles que sabem onde procurar. Agora se você está apenas estudando as possibilidades, essa prática que vamos abordar pode ser exatamente o que você procura.
A problemática entre os casais adeptos da monogamia que mais gera término e divórcio é o fato de que as pessoas não deixam de sentir desejo por outras apenas porque estão comprometidas. Enquanto algumas decidem ignorar essa atração, outras resolvem agir sobre isso, causando danos irreparáveis ao relacionamento.
Porém, nem sempre tal decisão precisa resultar em adultério, pois, há práticas sexuais seguras nas quais os casais podem encontrar prazer e liberdade nos braços de outros, desde que haja consentimento de ambos.
O que é o swing?
Apesar de o swing corresponder a uma prática de troca de parceiros que existe desde meados de 1950, ainda é um assunto tabu em muitos círculos sociais. Mesmo achando intrigante, em seu íntimo, as pessoas consideram o swing como sinônimo de orgia, libertinagem e bagunça, quando a realidade é bem distinta.
Embora a principal característica do swing é fazer sexo com outras pessoas ainda na presença do parceiro, seus defensores afirmam que, na prática, o swing tem muito a ver com liberdade controlada, afinal, há regras, etiqueta e protocolos a serem seguidos. Por se tratar de um estilo de vida, os swingers apontam mudanças na relação, na forma de enxergar o outro e na concepção de liberdade.
A prática muda a configuração do relacionamento
O modelo pode ser uma alternativa para os casais que precisam lidar com o desejo de estarem envolvidos sexualmente com outras pessoas. E estas podem ser um casal, um homem ou uma mulher solteira. Até mesmo um grupo. Sim, esse conceito de que o swing se dá como apenas uma troca de casais não é o que acontece na prática. Você pode fazer swing com dois, quatro, seis, dez pessoas.
Preconceito com swingers
Assim como algumas pessoas mostram aversão a tudo aquilo que foge do tradicional no cotidiano, no universo sexual é ainda mais explícito e difícil. A prática, mesmo nos dias atuais, é pouco aceita na sociedade. É bastante comum que os swingers – casados ou solteiros – não revelem suas preferências para os amigos e família por muitos ainda associarem o swing ao uso de drogas, consumo de álcool ou a um casal que não se ama e não se respeita... Assim, optam por manter uma vida secreta onde pseudônimos não usados até nas redes sociais.
As dúvidas mais comuns entre os curiosos:
Praticantes de swing têm a relação aberta?
Não.
Pode não ser uma regra, mas a maior parte da comunidade é adepta a monogamia controlada, isto é, as relações sexuais externas devem ser acordadas entre as partes e acontecer na presença um do outro. Se encontrar com um parceiro aleatório sem o conhecimento daquele com quem você mantém uma relação matrimonial ou apenas amorosa, configura traição. Em uma relação aberta, não há ciúme ou retaliação para aqueles que praticam sexo com outros que não fazem parte da relação do modelo utilizado pelos monogâmicos.
Como abordar o cônjuge sobre o tema?
Se o seu parceiro (a) nunca tocou no assunto, experiente sugerir a fantasia de voyeur durante a relação, de modo a sondar como aquela pessoa se sente diante da possibilidade de ser observada durante o sexo. Se ela for responsiva a ideia, passe a criar cenários onde essas pessoas já não apenas observam, mas participam do ato junto com vocês. Caso a prática não seja desagradável ou ofensiva de qualquer forma para o seu parceiro (a), essas brincadeiras podem levar o swing a se tornar uma fantasia do casal que, eventualmente, a curiosidade pode ser colocada em prática.
A exposição ao tema precisa ser feita com cuidado para que aquela pessoa não fique insegura sobre a relação de vocês. Pesquisem, leiam, conversem abertamente a respeito disso. Se necessário, há diversas redes sociais onde é possível participar como observador para sanar dúvidas, entender a dinâmica da coisa até que haja a segurança e vontade de experimentar em primeira mão.
Paraíso Swing: Lugares para praticar
A primeira casa de swing do Brasil foi a famosa Casa Nostra, aberta em 1960 no Alto de Pinheiros, em um bairro de classe média-alta em São Paulo. Ao fim do regime militar no país, mais um clube foi aberto. E, com o tempo, diversas casas e bares passaram a se dedicar exclusivamente à famosa “troca de casais”.
Fizemos uma breve lista de destinos belíssimos que você pode visitar para muito mais do que apreciar a vista ou conhecer os pontos turísticos.
- Praia de Pipa, RN
Inaugurada em 2017 na praia de Pipa, Rio Grande do Norte, uma pousada batizada de Club 16 foi um sucesso entre os adeptos do sexo liberal. O local é aconchegante, conta com 42 quartos, dois bares, piscina e serviço de massagem. Com exceção do restaurante, os hóspedes podem ficar nus em todos os espaços, inclusive na boate conhecida por possuir um labirinto onde é possível a prática de troca de casais também é feita. Diferente de alguns estabelecimentos dedicados à prática, o Club aceita solteiros (as) se estes acompanharem um casal ou tiverem a recomendação de alguém da comunidade.
- São Paulo, SP
A “Beach Clube”, em Praia Grande, litoral de São Paulo, une uma casa de swing noturna aberta ao público a quartos reservados para a estadia de hóspedes. Próxima da praia, é uma das casas que oferece pacotes com valores mais modestos e uma das poucas pousadas a aceitar solteiros. Há festas temáticas - que vão de noites com tema “cabaré” a eventos mais clássicos, como uma noite dedicada ao ménage.
- João Pessoa, PB
A cerca de 20 km da capital do estado, fica localizada uma das praias de naturismo mais antigas do Brasil. A praia de Tambaba é conhecida internacionalmente por sua beleza natural e pela liberdade que fornece aos banhistas. Como se não fosse o bastante, é possível se hospedar em pousadas que oferecem ambientes confortáveis, seguros e privados para swingers. Vale alertar que solteiros não são bem-vindos nessas propriedades.
A pousada “Villamor – Naturista Liberal” está localizada a 5 minutos da praia mencionada. Ela possui piscina – na qual a entrada só pode ser feita em completa nudez –, uma jacuzzi coletiva para até 15 casais, restaurante, sauna e uma boate liberal bem equipada com cabines privadas e pole dance. O uso de celular ou qualquer outro dispositivo de gravação é proibido durante a estadia.
- E no exterior?
Os adeptos alegam que o México é um dos melhores destinos para os liberais, pois, o país conta com resorts exóticos para todos os gostos, incluindo a terceira idade. Os viajantes que desejam um pouco mais de luxo parecem mirar nas Ilhas Canárias e Ibiza, afinal, estas guardam ambientes eróticos que são muito populares e campeãs de crítica entre os especialistas da prática.
É possível haver mais do que sexo?
Embora haja algo de excitante em se perder entre desconhecidos nas casas de swing, algumas pessoas precisam de mais do que atração pelo físico de alguém para querer sexo. Pensando nisso, algumas redes voltadas para casais liberais foram criadas para ser possível uma troca de informações e ideias entre os usuários antes do encontro.
Um país tropical com um povo tão acolhedor é o destino ideal para aqueles que buscam um paraíso swing que ofereça mais do que um espaço para sexo. Com o tempo, frequentando os pontos de encontro e sendo ativo nas redes socais, você cria vínculos com os membros, o que costuma resultar em uma comunidade que vai além de pessoas com o gosto por sexo em comum. São amigos que transam.