Fazer turismo sexual no Brasil ainda vale? Esse fenômeno vem sendo falado há alguns anos, mas envolve vários riscos – veja como pode se proteger.
O Brasil é famoso por ser um dos principais destinos de férias do mundo e não é somente por suas praias e cultura vibrantes! É certo que você pode encontrar alguns dos lugares mais exóticos e sensuais do mundo. Mas isso se aplica também quanto a homens e mulheres gostosos, o que ajuda a entender em parte o turismo sexual no Brasil.
Esse fenômeno existe em uma escala global, com turistas maioritariamente de nações mais ricas buscando diversão sexual em países com maiores dificuldades econômicas. Isso leva a situações de exploração, não apenas de mulheres e homens adultos, mas também de menores de idade.
Existem vários destinos que são mais buscados para fazer turismo sexual no Brasil. Mas essa é uma prática que o Governo brasileiro está procurando afastar com uma campanha que tem o lema "o turismo respeita as mulheres" - embora nem só elas sejam os alvos dos turistas sexuais, como já indicamos antes.
"A exploração sexual não é turismo, é crime", recordou a ministra do Turismo, Daniela Carneiro, aquando do lançamento dessa campanha.
Mas o que é isso do turismo sexual no Brasil?
Turismo sexual é simplesmente essa prática de viajar para algum lugar com o objetivo de ficar fazendo sexo. Esse tipo de experiência vem sendo dominada por homens, mas o cenário está mudando.
Nos últimos anos, com o aumento dos divórcios e da independência econômica das mulheres, elas também estão começando a viajar para outros países para terem sexo com homens locais.
Essas mulheres tendem a ser, maioritariamente, mais velhas e originárias de países do Primeiro Mundo. Elas ficam buscando satisfação sexual em países mais baratos e com homens mais jovens, e onde têm menos probabilidade de dizer não por sua necessidade financeira.
O sexo é uma vontade dessas mulheres que buscam jovens atléticos e disponíveis. Mas também estão em busca de romances de curto ou longo prazo. Por isso, é mais um turismo romântico do que sexual.
No caso do turismo sexual no Brasil, são sobretudo homens em busca de sexo com mulheres acompanhantes, ou acompanhantes masculinos. Muitos desses turistas sexuais ficam procurando sexo fácil e barato, não questionando mais nada quanto a essas pessoas. Seu objetivo é somente o prazer imediato!
Por que os turistas sexuais estão chegando?
O turismo sexual no Brasil vem crescendo e mais pessoas estão escolhendo nosso país para isso. O Trabalho Sexual é legalizado no Brasil e isso facilita a vida dos turistas. Porém, as/os profissionais do sexo não podem ficar trabalhando em um bordel.
Podem sim exercer sua atividade como independentes, anunciando seus serviços em sites e em redes sociais. E a oferta é bem variada, para todo o tipo de fetiches, o que fica chamando mais e mais turistas em busca de sexo.
Os perigos envolvidos
Esse tipo de turismo envolve vários riscos, por exemplo o tráfico humano e a exploração sexual de pessoas. Esse risco é ainda maior no caso de menores de idade que podem ser alvos fáceis em países mais pobres.
Essas situações são práticas criminosas que estão sendo combatidas pelas autoridades, embora não seja fácil acabar com os ciclos da violência instalada.
Mas é preciso também educar as pessoas sobre o que está se passando, para evitar que mais vítimas sejam afetadas.
Se você estiver viajando e assistir a alguma situação suspeita, comunique às autoridades. Evite falar com estranhos e nunca vá a algum lugar sozinho à noite.
ISTs e HIV
O turismo sexual contribui para propagar a infecção pelo HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Desse modo, é uma ameaça à saúde pública.
Por isso aí é OBRIGATÓRIO usar camisinha sempre, em todos os atos sexuais, mesmo no sexo oral. É importante se precaver para que a aventura não vire um problema!
- Leia ainda: "ISTs que podem ser transmitidas pelo sexo oral"
Como podem os/as acompanhantes se proteger?
Infelizmente, existem pessoas acreditando que, uma vez que pagam, podem fazer o que quiserem com um/uma acompanhante. E isso pode originar todo tipo de ataques.
Se estiverem redes de tráfico envolvidas, as coisas podem piorar, uma vez que podem ser forçados a suportar o abuso e a exploração, vivendo com medo de sofrerem agressões bárbaras, ou de perderem seu sustento.
Porém, no Brasil, existem medidas para proteger os profissionais do sexo. A prostituição é legal e, portanto, os/as acompanhantes podem - e devem - denunciar situações abusivas às autoridades.
Essa questão da segurança é fundamental nessa área e, por isso, acompanhantes não devem se colocar em situações de risco. Na hora de marcar um encontro, será preciso ponderar onde vai ocorrer, evitando lugares isolados, e indicando a algum conhecido onde vai se encontrar.
Há algo a ser feito para prevenir o turismo sexual no Brasil?
O turismo sexual no Brasil, ou em outro país do mundo, é algo visto como inaceitável. Apesar de movimentar muito dinheiro, nenhuma nação o deseja por se associar a exploração, tráfico humano e sexo com menores. Mas podemos fazer algo para o evitar?
Existem, sim, algumas formas de ajudar. Você pode começar por denunciar às autoridades se suspeitar que alguém é vítima de tráfico humano e sexual, ou de exploração sexual infantil.
A exploração é um grande problema, no Brasil e em todo mundo, mas está gradualmente sendo resolvida. Muitas organizações não governamentais (ONGs) estão trabalhando para ajudar vítimas e tentando prevenir que outras pessoas sejam exploradas.
Há profissionais do sexo que escolhem trabalhar na indústria e isso as difere das que estão sendo exploradas. Esse diferencial se reflete em seus serviços e na capacidade de garantir seus direitos, pois estão mais capazes de se defender.
Pessoas que estão sendo exploradas são mais vulneráveis, uma vez que exercem a atividade do sexo coagidas e forçadas contra sua vontade. Isso é crime e é algo a se combater, mas que, infelizmente, continua sendo associado ao turismo sexual no Brasil.
Importa entender, acima de tudo, que ninguém pode obrigar a fazer nada sem sua vontade afirmada de forma plena, consciente e livre.
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