Era entardecer de uma sexta-feira, as gotas de chuva escorriam lentamente do lado de fora da janela do quarto. Um clima perfeito para assistir um filme e relaxar, pensou Marjorie. Ela ja tinha tomado banho e preparou um chá. Estava tudo conforme seus planos, mas a sua colega de quarto, Julia, que iria passar o fim de semana na casa da sogra, decidiu voltar por causa da chuva e ficar em casa. Então, para não parecer rude, a convidou para assistir o filme com ela. As duas escolheram Super-8, um filme com um pouco de mistério seria bom para dar um up na vida de Marjorie.
Marjorie conheceu Renato em um emprego temporário de quarenta dias numa fábrica de roupas, ela era operaria e ele era encarregado de um setor. Ele era um homem maravilhoso em todos os aspectos, e tinha um olhar sedutor que hipnotizava. Renato era negro, alto, olhos castanhos, lábios carnudos, e tinha um corpo que parecia ter sido esculpido pelo diabo em pessoa, porque aquilo, amigos, era um pecado!
Eu sempre fui um cara cheio de tesão, sempre que me atraía por alguma mulher não conseguia parar de pensar na cena de como seria comer ela. No último ano do meu ensino médio tive aulas com uma professora substituta, via ela só de vez em quando.
Marjorie conheceu Joe num churrasco oferecido pela família de sua amiga Francielly, que fez questão de apresentar os dois dizendo que eles iriam se dar muito bem. O homem era moreno, alto, não era exatamente bonito, mas tinha um carisma que era capaz de cativar até a pessoa mais rabujenta. Eles conversaram e a garota deu o número de seu telefone para que ele pudesse ligar em um outro dia. Os dois se encontraram e sairam para comer uma pizza, conversaram, se beijaram e foi só isso.
Era tarde de noite quando Marjorie ouviu alguém chamando no portão. Quando foi conferir, reconheceu o rapaz: era Samuel. Estranho ele estar ali, porque ela não lembrava de ter combinado nada com ele para aquele momento. Ele perguntou se poderia entrar e ela disse que sim, afinal, não poderia resistir aquele sorriso meigo e Samuel parecia tão perdido. Ele disse que tinha discutido com a namorada e que precisava de uma amiga para conversar. Como uma pessoa bondosa que era, Marjorie disse que ajudaria.
Angela era uma mulher diferente das outras, algo nela chamava a atenção de Marjorie. Ela não fazia parte do padrão de beleza da sociedade, mas era linda à sua maneira, tinha traços faciais indígenas: pele morena clara, olhos puxados, cabelos negros e lisos que terminavam nas curvas de sua cintura. Tinha algumas tatuagens e um olhar misterioso. O tipo exato de pessoa pelo qual Marjorie fica fascinada. As duas trabalhavam no mesmo lugar, se viam todos os dias, mas Angela terminava o expediente mais cedo que Marjorie.