Você já ouviu falar do vício de masturbação? Está preocupado que o excesso de masturbação faz mal à saúde? Leia isso para entender tudo o que precisa saber sobre o assunto...
A masturbação é uma rotina perfeitamente normal na vida da maioria das pessoas. Os homens, sobretudo, praticam a autossatisfação com frequência e sem culpas. Mas há quem tenha alguns tabus com o assunto. Mas claro que, quando praticado com exagero, pode ser um problema.
Assim, surge o tema do vício em masturbação que tem várias implicações indesejadas na vida sexual de uma pessoa.
Mas será que se pode falar mesmo em excesso de masturbação? E o excesso de masturbação faz mal à saúde? Continue lendo para entender tudo o que importa saber...
Existe isso do excesso de masturbação?
A masturbação é um processo normal e até é recomendado pelos médicos! Muitas vezes, é uma boa forma de aliviar o estresse e a ansiedade quando não é possível transar.
Na puberdade, é uma atividade essencial para a autodescoberta, o autoconhecimento do corpo e da própria sexualidade.
Mas, mesmo mais tarde na vida, é algo comum que, tanto homens como mulheres, devem fazer, sem medos ou tabus. Afinal, é uma prática totalmente saudável.
Contudo, estaremos perante um problema se virar uma adição, ou seja, um vício! Aí se pode falar em excesso de masturbação, isto é, quando se torna mais importante do que tudo o resto, até afetando de forma negativa sua vida.
Mas o que é normal?
A pandemia de covid-19, e os confinamentos a que nos obrigou, podem ter levado muitas pessoas a se masturbarem mais do que seria normal. Mas isso não é necessariamente problemático.
Com o isolamento social, ficou difícil ter companhia para umas transas gostosas. Assim, a masturbação se tornou uma boa alternativa, até para combater o aborrecimento de estar em casa sozinho, sem nada mais o que fazer de interessante!
E, na verdade, não existe um número de vezes, ou uma quantidade que indique que estamos perante um excesso de masturbação. Algumas pessoas se masturbam mais do que outras - há quem o faça todos os dias, ou de três a quatro vezes por semana ou até várias vezes ao dia! E há quem raramente o faça!
A idade, e o fato de o homem ser solteiro ou estar em uma relação amorosa, também influenciam essa frequência.
Assim, é mais habitual que um jovem adolescente, com os hormônios tresloucados, bata punhetas mais vezes do que um homem de 40 anos que esteja casado.
Porém, há sempre exceções e só se pode falar em excesso de masturbação quando a prática afeta negativamente a vida social e afetiva.
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Como saber se o excesso de masturbação faz mal à saúde?
Se não há um número certo, a grande dúvida será mesmo você entender se poderá ser um caso de excesso de masturbação. Como saber isso, afinal?
É fácil ver o problema quando se torna algo compulsivo, ou seja, se você perdeu o controle. Nesse caso, se tratará de uma adição sexual ou de um comportamento sexual compulsivo que precisará de ajuda médica especializada - mas falaremos do tratamento mais adiante.
Contudo, é importante que você entenda que não existe uma "doença" de excesso de masturbação no Manual das Doenças Mentais. Se trata de um distúrbio que pode surgir na vida de uma qualquer pessoa, em qualquer momento, no seguimento de algum evento ou trauma - ou mesmo sem nenhuma causa muito evidente!
Para você entender se está, ou não, com excesso de masturbação pode passar por essa lista de itens:
- A masturbação lhe retira bastante tempo do seu dia
- Suas vidas pessoal e/ou profissional estão sofrendo devido a isso
- Você prefere a masturbação a atividades sociais como festas ou sair com amigos
- Sente necessidade de se masturbar quando está fora de casa, por exemplo, em banheiros públicos
- Você se masturba mesmo quando não está com tesão
- Utiliza a masturbação para lidar com emoções negativas
- Se sente culpado, ou zangado consigo próprio, após a masturbação
- Pensa nisso com muita frequência.
Se você está vivendo algum, ou vários, desses sinais, procure ajuda especializada. Fale com seu médico o quanto antes!
Quais as causas desse problema?
Não existe uma razão específica que leve alguém a se entregar a um excesso de masturbação. Contudo, existem várias causas possíveis que podem levar a alguém a fazê-lo de forma compulsiva, tais como:
- Depressão
- Problemas de ansiedade
- Estresse acumulado
- Razões neurobiológicos, por exemplo, uma inclinação para a adição motivada por certas estruturas cerebrais
- Situações emocionais difíceis.
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Como o excesso de masturbação faz mal à saúde?
Se você está com problemas com esse comportamento excessivo, pode ter sua vida prejudicada de várias formas. Veja que o excesso de masturbação faz mal à saúde psicológica e emocional, mas até à física também!
Assim, fique conhecendo alguns dos "efeitos secundários", digamos, que essa prática compulsiva pode causar...
Sua vida sexual pode ficar ruim
Você pode pensar que não faz sentido - afinal, está se masturbando tantas vezes! Como se pode falar numa vida sexual ruim?!
Na verdade, masturbação não é bem o que se pode definir como vida sexual. Se pensamos em relação sexual, é sempre com outra pessoa, nunca consigo mesmo. Por isso, o excesso de masturbação não é indicativo de que esteja fazendo sexo selvagem!
Se você se acostumar tendo orgasmos sozinho, vendo sempre o mesmo tipo de vídeos pornô, estará condicionando aquilo que o excita. Assim, numa situação com um/uma parceiro/a, ficará esperando esse mesmo tipo de estímulo - e se não acontecer, o tesão não vai aparecer para si!
Por outro lado, por vezes, o excesso de masturbação pode ser associado a um certo vício em pornografia. Nesse caso, também fica difícil o homem conseguir se excitar na realidade, longe do mundo fantasioso do pornô, o que pode frustrar sua companhia. Já para não falar que pode ser mais difícil chegar ao orgasmo numa transa.
Mas outro dos "efeitos secundários" do excesso de masturbação pode ser a ejaculação precoce. A autossatisfação constante leva a uma redução de hormônios como a testosterona, a dopamina e a serotonina, o que pode causar uma ereção mais fraca, bem como uma ejaculação antes de tempo!
Baixar sua autoestima
Se você estiver pensando em masturbação o tempo todo, ficará bem condicionado a esse processo e é provável que fique remoendo isso, se sentindo culpado, ou pensando que há algo de errado consigo. Isso pode contribuir para a redução de sua autoestima.
Você pode se ferir
Alguns homens estão tocando bronha a toda a hora que até podem se ferir! Esses ferimentos podem ser de tipo leve, como, por exemplo, pequenas escoriações da pele, ou implicar problemas mais sérios como a doença de Peyronie, também conhecida como a "doença do pênis torto".
Se você estiver se ferindo masturbando, esse deve ser o "sinal vermelho" de que está na hora de parar e pedir ajuda!
Pode causar dores e problemas de saúde
A masturbação aumenta a produção do hormônio cortisol, o que acelera seu metabolismo. Assim, se você estiver fazendo isso muitas vezes, pode se sentir exausto. A prática continuada pode leva a fadiga crônica.
Mas o excesso de masturbação também pode causar dor ou desconforto nas costas, bem como desconforto e dor na virilha e/ou nos testículos. Se você não parar de se masturbar, essa dor pode continuar cronicamente.
Seu trabalho pode ser prejudicado
Se você não conseguir pensar em mais nada a não ser em se masturbar, seu trabalho pode ficar sofrendo com isso. Se estiver sempre assistindo a pornô no escritório, ou em suas horas de trabalho, não vai conseguir produzir o que seria esperado. Até pode se atrasar por estar se masturbando no banheiro da empresa.
Nesses casos, você estará definitivamente com um problema de excesso de masturbação!
Afeta suas relações sociais
Há homens que estão pensando tanto em tocar uma bronha ao ponto de cancelarem uma saída para tomar drinkes com amigos. É seu caso? Então, está mesmo com um problema!
Tirar uma noite para ficar em casa, no mano a mano com seu pênis e um bom pornô, não tem mal nenhum! Mas se essa sua vontade for constante, com um claro efeito negativo em seus relacionamentos, será uma compulsão indesejável.
Pode aumentar sua ansiedade
A masturbação constante pode aumentar seus níveis de estresse e de ansiedade, por estar sempre pensando nisso. Essa sensação também ficará evidente em sua vida sexual, quando tiver pela frente uma companheira, ou companheiro, vai estar pensando no seu desempenho e em como lhe agradar.
Esse tipo de ansiedade costuma ser muito alto em homens que se estão masturbando muito.
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Tenho problema de excesso de masturbação! O que fazer?
Se você sentir que tem esse problema, pode procurar ajuda de um profissional de saúde. Um psicólogo, ou um terapeuta sexual, podem ser de muita ajuda.
Contudo, você pode tentar lidar com esse excesso de masturbação sozinho. O primeiro passo pode ser cortar o mal pela raiz parando de bater punheta. Isso não significa que nunca mais o fará! Simplesmente, é boa ideia dar um descanso a sua mão, só para se estabilizar emocionalmente para "curar" esse vício.
Claro que não será fácil fazer isso. Você pode ir reduzindo a frequência de suas masturbações, fazendo um esforço para se controlar, impondo limites para si mesmo - por exemplo, tocando uma bronha só de noite.
Qual é o tratamento?
Fazer terapia sexual pode ser uma boa solução para quem tem esse problema de excesso de masturbação. Um psicólogo ou um conselheiro podem ajudar você a descobrir o por quê dessa compulsão. Nesse processo, você poderá aceder a estratégias para reduzir esse tipo de comportamento, descobrindo sua base.
Veja que pode haver um trauma passado, algo que tenha provocado dor emocional e que esteja afetando você até hoje. A terapia pode ajudar a desbloquear esse problema.
É importante entender o que motiva sua obsessão por bater punheta, pois só desse modo, você conseguirá ultrapassá-la.
Em alguns casos, pode ser preciso usar medicação, embora essa não se destine ao vício em masturbação. Mas se você tiver algum transtorno mental, a medicação pode ajudar a reduzir seus comportamentos compulsivos.
A masturbação também tem benefícios
Já vimos que a masturbação é uma atividade sexual saudável e até pode trazer benefícios para sua saúde física e mental. É certo que não existem muitos estudos sobre isso, mas essa prática é vista como boa para:
- Aliviar o estresse
- Dormir melhor
- Melhorar seu humor
- Prevenir ansiedade e depressão
- Liberar a tensão sexual
- Melhorar sua autoestima
- Fazer melhor sexo
- Conhecer melhor seu corpo e suas necessidades.
Além disso, não se apanham Infeções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) a tocar uma bronha, nem há o risco de uma gravidez indesejada.
Já sabe se é um caso de excesso de masturbação?
Não existe nenhum manual médico que fale de uma frequência normal quanto à prática da masturbação. Assim, você pode bater punheta diariamente, semanalmente ou mensalmente, conforme for seu desejo, sem qualquer problema.
Aliás, tocar uma bronha de forma regular até pode ajudar sua saúde, reduzindo o estresse e a ansiedade.
Portanto, o excesso de masturbação só ocorre quando afeta sua vida pessoal e/ou profissional de um modo negativo. Se não é seu caso, se sinta livre para gozar desse prazer sem culpas, nem vergonhas.
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